sexta-feira, março 03, 2006

We Love Life

Pulp, We Love Life
Pulp
We Love Life
Island, 2001

Por esta altura, já todos estão fartos de conhecer a minha devoção incondicional à Britpop. O que vocês não sabem (nem devem querer saber…) é quando tudo isto começou… Nos meados dos anos 90, por altura da minha primeira visita a Londres, enquanto toda a gente se embriagava com trip-hop, techno e electrónica, o meu leitor de CD começou a absorver a música de três bandas fundamentais: Oasis, Blur e Pulp. Todas elas comandadas por personagens tipicamente britânicas: suficientemente arrogantes, perdidamente rebeldes, estilo desleixadamente alternativo, postura e atitude em excesso. Enfim, uma jóia de moços, numa versão actualizada dos quatro de Liverpool.
Ainda hoje oiço a música destes meninos, uns meio desaparecidos, outros com projectos paralelos de maior ou menor valor. Ainda assim, álbuns como “(What’s the Story) Morning Glory?” (1995), “Parklife” (1994) e “Different Class” (1995) fazem parte dos discos fundamentais da minha colecção.
Para o menu do dia escolhi “We Love Life” lançado pelos Pulp em Outubro de 2001.
Criada em 1978, tinha Jarvis Cocker apenas 15 anos, esta banda de Sheffield nunca parou de evoluir em termos musicais. Com um número indeterminado de formações ao longo destes 28 anos de existência, teria sido fácil recorrer a lugares comuns e a alguma repetição, mas a criatividade mordaz de Cocker nunca parou de nos surpreender e de apresentar uma nova direcção em cada trabalho que produz. Esta evolução assenta, no entanto, numa sonoridade muito característica e num carácter fortemente marcado por uma fusão de estilos que passa, a título de exemplo, pelo New Wave, Europop, Indie e Glam Rock. A juntar a isto, a obsessão lírica de Jarvis, a sua voz subtil, sensual e uma poesia madura e intelectual. Uma combinação mágica entre Roxy Music, David Bowie e Scott Walker (produtor deste trabalho).
Mas vamos à música… O tema de abertura “Weeds” impõe um ritmo de marcha bem marcado nos metais da bateria de Nick Bank. O acústico das guitarras fornece o papel por onde correm as palavras de Cocker. Histórias de desigualdades sociais, de classes altas e dos excedentes da sociedade… “Because we got no homes they call us smelly refugees”. No segundo volume do tema – “Weeds II (Origin of the Species)” – Cocker apresenta-nos uma das suas imagens de marca: o monólogo falado. Por cima da linha do baixo fantasiada por EQ, o actor desfila um comboio de metáforas sobre o homem comum: “Bring your camera, take a photo of life on the margins/Offer money in exchange for sex and then get a taxi home”.
Depois de levar uma injecção leve de adrenalina em “The Night that Minnie Timperley Died”, onde um tema de pop radioso nos conta a história negra de um assassino, chega um dos temas em que a marca de Scott Walker mais se faz sentir. Em “The Trees”, há lânguidos arranjos orquestrais, sincopados por vezes, há guitarras acústicas e uma letra simples cantada de forma imaculada “Yeah, the trees, those useless trees/Produce the air that I am breathing”. Mas nada que nos permita vislumbrar o que se segue…
A peça central do álbum, “Wickerman”, é uma das melhores canções que já ouvi na minha vida. Há muito de cinemático, muita da poesia sonora mais profunda na essência deste tema. O contador de histórias genial que é Cocker apresenta-nos uma visão magnífica do que é fugir para longe nas águas dos rios que correm por debaixo das nossas cidades. A paleta sonora que lhe serve de base é sublime, de uma eloquência raramente ouvida na música popular. Uma profundidade coral, acústica e orquestral de proporções tão grandes que chega a ser confrangedora o efeito de simplicidade que produz. Quando aos 8 minutos a voz mágica de Jarvis se escoa ao som de uma trovoada longínqua dá vontade de repetir o tema vezes sem conta. Mas há que continuar.
Saltamos directamente para o encanto da primeira vez em “The Birds in Your Garden”, uma canção directa, de refrão cantante, riffs de guitarra e muitos passarinhos a cantar. Como convêm ;) O tema seguinte “Bod Lind” continua na mesma tomada simples, directa, divertida. Muito a lembrar os The Smiths.
A faixa número 9 é uma das minhas canções favoritas do álbum e da banda. “Bad Cover Version” relata a repetida crónica dos amores que se perdem em favor de alguém. Musicalmente, o uso de sintetizadores e coros angelicais empresta-lhe um toque festivaleiro, o que enfatiza a comicidade e o dramatismo do tema. Fabuloso!
A fechar o álbum está o épico “Sunrise”, dois minutos e meio de um murmuro triste e gentil que evolui para uma descarga eléctrica de guitarras ondulantes entre coros de anjos, mistura explosiva de Godspeed, Spiritualized, Radiohead e The Edge… Engenhoso, o sucessivo falso final.
E podem finalmente respirar… Eu próprio o faço, pois escrevo sempre estas palavras ao mesmo tempo que oiço os discos. Agora, banhado pelo silêncio, resta-me dizer-vos em jeito de conclusão que este é um daqueles discos que recompensa cada nova audição. Há sempre uma nova camada, um outro novo nível que acompanha cada nova leitura. É um disco que nos faz sentir vivos e muito contentes por isso. Se gostam de música britânica e estão fartos da superficialidade da música do novo continente, ide correr ouvir este disco. Garanto-vos que é um dos cinco melhores discos que a pop inglesa forjou no novo século. Altamente recomendado.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Yoshimi Battles The Pink Robots

The Flaming Lips, Yoshimi Battles The Pink Robots
The Flaming Lips
Yoshimi Battles The Pink Robots
Warner Bros., 2002

Há discos que são verdadeiras experiências espirituais.
Sendo um devoto confesso da música sinfónica (e da clássica em geral), há muito que me habituei a preparar uma audição com o cuidado que uma cerimónia religiosa merece. No campo da Pop, exaltação a este nível raramente acontece e, por essa razão, qualquer manifestação do profundo deve ser encarada com exultação redobrada. É o caso deste disco dos Flaming Lips.
Quando é que este trio de Oklahoma deixou de ser uma banda psicadélica para abraçar a gloriosa missão de tornar o mundo melhor através da glorificação das coisas mágicas e da verdade absoluta é a minha próxima tarefa. Estou certo que ouvir o registo anterior a este (“The Soft Bulletin”, 1999) vai ajudar a desvendar algumas pistas.
Esta sinfonia Pop, escrita com os olhos colados a um filme animé e o coração perdido algures em Marte, está cheio de emoção artificial, de uma determinação psicológica desmedida com vista a garantir que o bem nunca irá prevalecer sobre o mal.
O disco começa por nos convocar a todos para um “Fight Test”. É hora de vestirmos o nosso melhor facto de combate e preparar a alma para derrotar o exército infinito de andróides que se aproxima. A canção é simples, a lembrar os bons velhos tempos de Cat Stevens. “Cause I'm a man not a boy and there are things you can't avoid you have to face them when you're not prepared to face them”. O ambiente orquestral é invadido pelo burburinho da população que deposita em nós a sua fé, por sons de uma electrónica de ficção científica que percorre todo o disco. Estranho ou não, este ambiente torna as canções mais humanas, a história mais intimista.
Segue-se “One More Robot/Sympathy 3000-21”, onde, num ambiente de uma melancolia nebulosa, se narra a biografia do robot três mil e vinte um que “learns to be something more than a machine”. A linha simples do baixo marca o ritmo inocente que paira sobre um ambiente electrónico de texturas variadas, vozes ressonantes que se escoam no fim para uma peça do mais puro onirismo.
O acústico da guitarra dá entrada à canção mais directa do álbum. “Yoshimi Battles the Pink Robots, Pt. 1” é uma experiência verdadeiramente cinematográfica. Tudo é despejado em frente dos nossos olhos numa dimensão de ecrã gigante. Consegue visualizar-se o robot vermelho, enorme, de olhar diabólico. A pequena Yoshimi (para mim é uma pequenina, não sei porquê…), desarmada, assume a posição de defesa e sou capaz de pressentir no seu olhar o medo e a determinação de quem precisa de vencer. “Oh Yoshimi/They don't believe me/But you won't let those/Robots defeat me” canta Wayne Coyne com a simplicidade de quem é cúmplice. De uma beleza confrangedora.
O tema que se segue é uma verdadeira epopeia ao binómio amor/ódio e, acima de tudo, à redenção: “And why does it matter - is to love just a waste”. Carregado de uma profunda energia instrumental, o tema desenvolve-se sob uma base marcadamente FM. O ambiente vocal criado por Coyne consegue transportar-nos para um espaço que medeia entre este mundo e um outro bem para lá do imaginário. Este culto do limbo está também presente na tristura de “All You Have is Now”.
Depois do idílio psicadélico que é “It’s Summertime”, eleva-se a super-produção de “Do You Realize?”. Magníficos coros de anjos para recordar os Spiritualized, tempestades de arranjos orquestrais, pinceladas escritas com o agitar dos sinos. Tudo isto misturado com umas tantas verdades universais - “Do you realize that happiness makes you cry/that everyone you know someday will die” – e uma perfeição vocal digna de nota.
O disco passa por nós em pouco mais de quarenta e cinco minutos, mas esta brevidade deixa marcas sobretudo pela carga dramática que lhe está inerente, fazendo desta obra um verdadeiro ensaio sobre a concisão. O disco representa uma síntese perfeita entre as características fundamentais da Pop e aquilo que se consegue fazer hoje em dia com a produção em estúdio (algo que não é alheio a Dave Fridmann dos Mercury Rev, também produtor do anterior “The Soft Bulletin”, dos Mogwai, Delgados ou Sparklehorse). Decididamente envolvente, este álbum mostra que a utilização da electrónica não serve apenas para criar ambientes de uma frieza racional. A provar que também as máquinas têm um sistema nervoso central a gerar calor. E a alimentar a fé de acreditar num mundo melhor.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Thunder, Lightning, Strike

The Go! Team, Thunder, Lightning, Strike
The Go! Team
Thunder, Lightning, Strike
Memphis Industries, 2004

OK malta, lembram-se da Rua Sésamo, do MacGyver e dos Soldados da Fortuna? Excelente. Agora fixem-se na música. Misturem-lhe uma pitada de funk dos anos 70, um pouco do hip-hop dos oitenta, meia Pepsi, dois cabelos do Charlie Brown e um cheirinho de Sonic Youth. O que é que dá? Isso mesmo, o álbum de estreia de um sexteto de Brighton apelidado The Go! Team.
Estes rapazes são uma curte e a sua música é puro contentamento. Impossível de catalogar, a música que brota deste colectivo tem elementos de tantos estilos que torna a tarefa de a arrumar num só género inaceitável. Talvez daqui a uns anos a malta comece a dizer que a música de uma qualquer nova banda é do estilo Go! Teamiano... Até lá, e à semelhança de muitas das entradas neste meu blog, este álbum vai direitinho para a prateleira dos discos que me fazem ficar bem disposto. Muito bem disposto.
A faixa de abertura do CD – “Panther Dash” – põe os motores em funcionamento com um arranque rápido e cintilante. O som da harmónica comanda o tema enquanto, em segundo plano, o ritmo da bateria dá o suporte necessário ao surf da guitarra. Aqui e ali, ouve-se uma voz com um contar “one/two/three/four”. Há ruído, coros de cheerleader, trompetes em surdina e uma sirene. Brilhante.
O tema que se segue sintetiza tudo o que o grupo consegue fazer bem. Desde as vozes à la Supremes (todas personificadas pela rapper MC Ninja) ao fabuloso riff da bateria, passando por uma letra incompreensível de efeito exótico e uns toques de electrónica a lembrar a pop dos anos 70 “Ladyflash” apresenta-nos Bollywood no seu melhor! Há quem diga que é a melhor canção de 2004. Exagero, certamente…
“Feelgood By Numbers” faz-nos certamente sentir bem, durante o pequeno par de minutos piano funk que o tema dura. Inexplicavelmente moderno e retro ao mesmo tempo.
Após o retorno das cheerleader em “The Power is On”, chega um dos meus temas favoritos do álbum. “Get It Together” lembra-me o pequenino Michael a tocar flauta no meio dos seus quatro irmãos Jackson. Pure sunshine!
Até chegar à última faixa do álbum – a minha preferida – há música para séries de acção, filmes de Hitchcock, piqueniques de verão e encontros hip-hop. Mas é em “Everybody's a VIP to Someone” que chega o inesperado momento de doçura e saudade. Mesmo à final de western americano. Banjo, harmónica, orquestra de cordas e uma melodia composta para ser ouvida todos os dias ao pequeno-almoço. No meio disto tudo, depois de ouvir os instrumentos de sopro adornarem ainda mais o ramalhete, salta a cereja em cima do bolo: riffs de bateria a fazerem transbordar o copo. Sem palavras.
Decididamente cool e incrivelmente engenhoso, “Thunder, Lightning, Strike” é aquele disco pelo qual estamos sempre à espera, repleto de energia e atitude. Cinemático, fantástico, cheio de pontos de exclamação. É muito bom estar vivo!

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Alles Gute zum Geburtstag!

Wolfgang Amadeus Mozart
Franz Joseph Haydn (1732-1809) disse em tempos a Leopold Mozart que o seu filho era "o maior compositor que ele conhecia, quer de entre os vivos, quer de entre os mortos". Eu podia dizê-lo também... Depois de uma infância musicalmente prodigiosa e de uma ruptura nada cerimoniosa com o Arcebispo de Salzburgo, Mozart foi o primeiro músico na história a embarcar numa carreira de free-lancer. Contudo, como todos os primeiros, encontrou bastantes dificuldades para carregar consigo os sonhos numa cidade repleta de burguesia como o era a Viena do séc. XVIII. Ironia do destino, quando começava a ter algum sucesso a nível financeiro, a doença que o havia de carregar para a vala comum do Cemitério de St. Marx decidiu dar um ar da sua desgraça, deitando por terra uma vida curta e uma carreira inexprimível.

Mozart é provavelmente o único compositor a ter composto inquestionáveis obras-primas em virtualmente quase todos os géneros musicais do seu tempo (período clássico). A sua música "leve", serenatas e danças escritas para a nobreza, são sinónimo da Clássica "época do iluminismo", tendo como exemplo mais que perfeito a Serenata Eine kleine Nachtmusik, K525. Os seus vinte e tantos concertos para piano perduram como modelos representativos da forma do concerto clássico, com um primeiro movimento na forma sonata, um terno e melodioso segundo movimento e, usualmente, terminando com um vigoroso movimento final na forma rondó, como no Concerto para Piano no. 22 em Mi-sostenido, K.482: III. Ouvi dizer por aí que ouvir os Concertos para Piano de Mozart é a sensação mais próxima de se caminhar no Paraíso. As suas Sinfonias seguem o modelo do seu querido amigo Haydn, embora nas últimas três, Mozart tenha inspirado essa forma com uma tal paixão e expressividade que só mais tarde seria revivida e consciencializada num evento chamado Beethoven. Oiça-se o primeiro andamento da Sinfonia no. 40 em Sol menor, K550.

Mas é nas óperas que está a verdadeira alma de Mozart. O que faz de um artista um génio é a capacidade de transformar o comum, o mundano, numa manifestação da mais eterna beleza. E no mundo do drama musical ninguém o faz melhor que Mozart. Nas suas óperas há mexerico, há ingenuidade, há patrões apaixonados por criadas, juras de amor eterno quebradas assim que o amado parte para a guerra. Mozart expõe o universo das emoções com uma alegria e um dinamismo dramático tão profundo que consegue transformar a aura divinal da sua música na mais pura manifestação do que é ser humano.

Das óperas de Mozart, As Bodas de Figaro é a mais antiga que se pode encontrar no repertório de quase todos os teatros de ópera do mundo. Don Giovanni, considerada por muitos a sua obra-prima, foi a primeira a ser levada à cena na Staatsoper de Viena, a 25 de Maio de 1869. Através do seu génio dramático e musical, Mozart transformou comédias convencionais e desventuradas personagens em musicadas palavras repletas de vida, dramas que respiram a sede de estar povoadas de seres humanos reais. A intensidade da sua música na cena final do Don Giovanni, quando a estátua do Commendatore ressuscita dos mortos, pode muito bem levar-nos a pensar ter sido criada no período Romântico que se lhe seguiu, com a ruína do herói às mãos do espírito que se vinga. Alguns críticos atrevem-se mesmo a dizer que esta é a cena mais famosa de todo o repertório operático. Havendo escalado o pico da ópera italiana, Mozart marca também o singspiel alemão (género de peça onde só as emoções fortes são cantadas). No final da sua vida, compõe outra obra-prima, uma estranha combinação de comédia e ideais supremos. A Flauta Mágica conta a história de um príncipe que se submete a uma série de provas na busca do conhecimento interior, enquanto o homem simples na pele de Papageno, na sua canção "Der Vogelfänger bin ich, ja", anseia apenas por vinho, comida e uma companheira. E não é por isso que todos nós cantamos?

A influência que Mozart exerceu sobre outros compositores que se lhe seguiram não é muito importante, ou melhor, não deve ser muito enfatizada. Foi idolatrado pelos compositores do final do séc. XIX, tais como, Wagner e Tchaikovsky; a sua música influenciou compositores neo-classicos como Stravinsky ou Prokofiev nos primórdios do séc. XX. Nos nossos tempos, grandes mestres como Michael Nyman e Philip Glass têm ligações a Mozart: Nyman usou diversas peças de Mozart nas suas criações (como os primeiros acordes da "Aria do Catalogo" de Don Giovanni na sua peça "In Re Don Giovanni") e Glass compôs uma cadenza para o Concerto para Piano no. 21, K467.

É esta engenhosa criatura que comemora hoje 250 anos. Para além de aumentar o número de vendas das editoras de música clássica, livreiros e afins, esta efeméride serve principalmente para avisar os mais desatentos que Mozart merece ser escutado todos os dias, a toda a hora. E não precisa de ser no toque do telemóvel (nem é conveniente que o seja). Para os que não podem ouvi-lo na sala de concerto, deixo aqui as minhas sugestões, retiradas da minha própria colecção.

Eu por mim, vou tentar hoje comprar o meu Requiem número 100. Vocês, ide procurar nas prateleiras das discotecas um dos discos que se seguem. Garanto-vos que não se vão arrepender.

Para os cheios de alegria
  • Aberturas: La Clemenza di Tito; Cosí fan Tutte; Don Giovanni; Die Entführung aus dem Serail; Idomeneo; Le Nozze di Figaro; Den Schauspieldirektor; Die Zauberflöte; Serenata No. 13 em Sol maior (Eine kleine Nachtmusik), K525
    Tafelmusik, Weil - Sony CD 46695
  • Die Entführung aus dem Serail, K384 (O Rapto do Serralho)
    Gruberova/Filarmónica de Viena/Solti – Decca 417 402-2

    Para os mais espirituais
  • Missa em Dó menor, K427
    Cotrubas/New Philharmonica Orchestra/Leppard - EMI CDC 7-47385-2
  • Sinfonia Concertante para Violino e Viola em Mi bemol maior, K. 364
    Itzhak Perlman (violino), Pinchas Zukerman (viola), Zubin Mehta/Israel Philharmonic Orchestra - Deutsche Grammophon 415486-2

    Para os racionais
  • Quartetos para Cordas: No. 17 em Si bemol maior, K458 "A Caça"; No. 19 em Dó maior, K465 "Dissonante"
    Musikverein Quartet - Decca 433 694-2
  • Sinfonias Nos. 40 & 25
    Royal Concertgebouw/Harnoncourt - Teldec 0630-18586-2

    Para os românticos incuráveis
  • Concerto para Clarinete em Lá maior, K622
    Marcellus (cl), Cleveland Orchestra, Szell - Sony Classical SBK 62424
  • Quinteto com Clarinete em Lá maior, K581; Quarteto com Oboé em Fá maior, K370; Quinteto com Trompa em Mi bemol maior, K407
    ASMF Chamber Ensemble - Philips 422 510-2

    Para os melómanos
  • Don Giovanni, K. 537
    Eberhard Wachter (baritone), Joan Sutherland (soprano), Elisabeth Schwarzkopf (soprano), Graziella Sciutti (soprano), Carlo Maria Giulini/Philharmonia Orchestra & Chorus - EMI CDS7472602
  • Concertos para Trompa, Quinteto para Piano & Sopros, K. 452
    Dennis Brain (horn), Herbert von Karajan/Philharmonia Orchestra - EMI Angel 66950

    Para os choram no cinema
  • Concertos para Piano No. 20 em Ré menor, K466; No. 23 em Lá maior, K488
    Tan (fpno), London Classical Players, Norrington - EMI CDC7 54366-2
  • Requiem em Ré menor, K.626
    Concentus Musicus Wien/Harnoncourt - Deutsche Harmonia Mundi 82876 58705 2

  • segunda-feira, janeiro 09, 2006

    Auvidi | Dezembro v2

    Spoon (2001) Girls Can Tell
    Se gostam dos Strokes mas preferem um som mais rock & roll, então este disco é perfeito para vocês. Bateria e guitarra misturadas como nos bons velhos tempos... e uma voz clássica de rock. 6/10
    The Shins (2003) Chutes Too Narrow
    James Mercer escreve canções cheias de contradição, onde há tristeza e alegria ao mesmo tempo. O disco vive em torno da escrita e da voz de Mercer fazendo com que o disco perca a capa Indie de quando em vez e assuma uma postura mais Bob Dylan. As músicas são muito boas, faltando apenas um niquinho para o considerar merecedor de uma entrada no blog. 8/10
    LCD Soundsystem (2005) LCD Soundsystem
    House Pop. Se é o vosso estilo, ide correr comprar este disco. Imaginem Bowie, Cure e Depeche Mode, misturados em estilo Dub com Beatles e Pink Floyd. Tudo um bocado desfocado, mas com um ritmo contagiante. James Murphy is the man! 6/10.
    Interpol (2004) Antics
    Não tem a intensidade e o brilho de "Turn on the Bright Lights" mas é um bom segundo disco (algo difícil de conseguir quando uma banda se estreia com uma obra prima). O tema de abertura "Next Exit" é um dos meus favoritos da banda e já dava só por si 5 valores a este CD. Vai crescer com mais audições... 7/10

    sexta-feira, janeiro 06, 2006

    Audivi | Dezembro

    Goldfrapp (2005) Supernature
    As músicas não são más, mas falta personalidade a este disco. A anos luz de "Felt Mountain". 6/10
    Jay Jay Johanson (2005) Rush
    Parece um regresso aos anos 80, com sintetizadores à mistura e tudo mais. Tem uma ou duas músicas que eu considero muito boas mas o resto do disco é superficial. 6/10
    The Flaming Lips (2002) Yoshimi Battles The Pink Robots 9/10
    Pulp (2002) We Love Life 9/10
    The Futureheads (2004) The Futureheads 9/10
    White Stripes (2001) White Blood Cells
    Estava à espera de mais... depois de ter ouvido tanto acerca deste disco e desta banda. Existe imaginação no modo como os White Stripes desenvolvem os seus temas, mas também há muito barulho à mistura. Acho que há atitude a mais e música a menos. Um 6/10.
    The Go! Team (2005) Thunder, Lightning, Strike 9/10
    The New Pornographers (2000) Mass Romantic
    Bom disco. Um pouco "americano" demais para o meu gosto. Uma mistura entre Berlinda Carlisle, Beach Boys, Roxy Music, The Cars e Cheap Trick. 7/10